um pouco de mim

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não gosta de praia. ouve yann tiersen quando sozinha quer se sentir. metida a artista e frustrada estilista. sente-se à vontade com letras minúsculas. desejo? ser dona das palavras.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

e chove

Se alguém tiver a resposta do sentido da vida, me manda por telegrama, por favor.

pelo menos preciso saber se o legado da gente é pessoal, intransferível e contabilizado na porta do além ou se paga-se o que se deve e tchau. niguém fica sabendo.

Porque viver nesse mundo é pra louco.

Quem resolve ficar por aqui tem que receber um troféu de insanidade absoluta.

Mesmo repetindo incansavelmente que não temos tempo para mais nada, para a demência sempre há tempo. Porque ela surge no banho, no minuto de bobeira, ao desligar o telefone, no esperar um arquivo de foto ser carregado em um email qualquer, na fila do subway (a fila interminável do fast food mais irritante que eu conheço).

Cada mania que adquirimos, cultivamos e aprimoramos nessas horas vagas é o que me aflige. Eu hoje concluí pela 18a. vez que possuo uma espécie de transtorno psíquico que me impede de manter contato físico com as pessoas. evito o approach pq tenho um distúrbio ou tenho um distúrbio porque evito o approach?

Eis que o fato é: eu não gosto de encostar nas pessoas. E eu tenho dificuldade de olhar pra elas. Me parece invasão. (pensando agora, minha tentativas de ser campeã de truco sempre me frustaram pq eu não sei olhar e piscar. invasivo demais)

No dia seguinte eu esqueço e volto ao normal - ufa, voltamos ao normal.
é como as vezes que a gente se pergunta porque faz certas coisas, ou porque comprou aquela blusa xadrez rosa que te deixa parecendo um palhaço!
é o minuto de bobeira.

Tão comum no cotidiano. Mais do que a gente se dá conta.

odeio chuva. odeio olhar pra fora da janela e me deparar com ela.