um pouco de mim

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não gosta de praia. ouve yann tiersen quando sozinha quer se sentir. metida a artista e frustrada estilista. sente-se à vontade com letras minúsculas. desejo? ser dona das palavras.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Perpétua a condição de solitude. Inconveniente (e prudente) é a hesitação.
Passou, pensei, a coragem encontrou aquele jeito comum de atrapalhar.
Pensamento flutua e anseia dias de semana. O som da melodia é abstrato.
Nos dedos a possibilidade, na consciência o receio. Ela, a rejeição reina soberana.
Sonetos infinitos em produção involuntária, volto ao chão, meu refúgio, e decido acalmar.
Meu eu palpita emoção. E na falta dela, o corpo entorpecido ama. E deseja acordar melhor.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Balada no eldredon

Em ritmo de jetleg e memória de peixe a terça-feira começa, às 3:38 da manhã.
Chorando sangue pelo sumiço do iPod, unhas roídas de ansiedade applemaníaca, mala semi desfeita, cama convidativa, e sono, decerto está dando uma voltinha pela Terra do nunca. O jeito é aumentar o volume do som e abandonar o edredon. Few hours in a day and too much to do for life.

Sendo assim, hoje é dia de montar no salto e autoestima pra que te quero. Dia de arrasar de roupa nova, de voltar pra rotina frenética e tomar cappucino pra desbaratinar.

Alea jacta est.


domingo, 23 de setembro de 2012

cumpleaños felíz

o melhor da partida é a chance de viver a delícia da chegada.
na mala um pouco mais de nós mesmos, no corpo cansaço, na mente menos vazio. e milhares de imagens que valem uma fortuna cultural. vento no rosto, mochila nas costas, a rota do destino na direção desconhecida. saber do mundo um pouco mais potencializa o pouco de dentro da gente.

nova primavera. a minha e a de todos. um dia de sol meio tímido e pijamas quentinhos. tudo o que eu mais precisava. a vida que a gente leva é o jeito que a gente escolhe pra ser feliz. carpe diem.



domingo, 26 de agosto de 2012

faltam 45.

A distância esconde defeitos, revela desejos e inventa anseios.

De dentro de mim rufla a vontade do tempo voar. A delícia da dor do querer a recíproca alonga os dias. E a cartela de cores, lembra o verão.


O melhor da festa, sem dúvida, é esperar por ela.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Vazio

Hoje é dia de ser só. No sertão que é dentro da gente, do tamanho do mundo. 
O silêncio baderneia as fantasias que voam ao ritmo daquele que tiquetaqueia, e o som da redenção, ao longe parece soar. 
Os anseios de uma vida se escondem na batida perfeita, mas o corpo carrega para longe o desejo de estar. 
E o sertão também lá está. 

 O vazio das ideias fumegantes parece devorar as palavras que em minhas mãos deveriam estar. 

 Nem mesmo com todas as letras um alfabeto consegue frasear sentimentos completos. 
 Autora de poucas palavras (vazias) toma rumo ao desconhecido. 

 Nos sonhos, podemos ser quem quisermos, até nós mesmos.

domingo, 1 de abril de 2012

Oswaldando

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos, suportável.



Happy shinny sunday
Esse é o jeito que sei ser feliz.

Novas velhas dores

Domingo de remoer os dizeres da semana. De desejar dormir pro mundo ir mais rápido. Domingo aflito, domingo de sol, domingo de obrigações esperando na janela.
A espera de um milagre quase fez dias melhores, e a espera já branda resolveu agitar a pista de dança, o tiro foi dado, que vença o melhor! Queimada a largada, todos à postos. De volta à espera. Só que a espera, agora é outra: que o tempo apague a ânsia e a disposição de ser sempre o refúgio, o ouvido, o escape. Que o milagre seja novo.
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.

I promise I'm worth it.

O sempre igual e diferente de diferente nada tem. Sempre igual, pode parecer maçante, mas quem lhes redige sente infinita satisfação em ser coerente, tratando mesmos assuntos em trágicas diferentes palavras. Não sabe reinventar a mídia, só sabe mais do mesmo.

A causa e efeito, o troco do universo para a rotina mundana, às vezes segue um raciocínio cruel. Cuidado com o que se pensa. Sempre volta.





Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem ter fim, E querendo aprender-te o total do querer que há e não há em mim.

terça-feira, 27 de março de 2012

Tum tum tum tum tum
Esqueci que vivia. E de repente vivi. Mais forte, mais perto, mais incerto.
Onde menos se espera, quando já não é preciso. Surge e arrasa. E foge.
E deixa tudo de pernas para o ar. E não sei pra que lado seguir. Para o meu, onde eu, eu mesma, e meus pensamentos caminham em vão à procura do que meu coração um dia há de tocar.
Poço de incerteza, bate na porta e diz que vai voltar. E de novo, tudo é passado.
Que passe, logo. E vá, de uma vez.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

nerudando na chuva.

No te amo como si fueras rosa de sal, topacio
O flecha de claveles que propagan el fuego:
Te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
Secretamente, entre la sombra y el alma.

Te amo como la planta que no florece y lleva
Dentro de si, escondida, la luz de aquellas flores,
Y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
El apretado aroma que ascendio de la tierra.

Te amo sin saber como, ni cuando, ni de donde,
Te amo directamente sin problemas ni orgullo:
Asi te amo porque no se amar de otra manera,

Sino asi de este modo en que no soy ni eres,
Tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mia,
Tan cerca que se cierran tus ojos con mi sueño.


Pablo Neruda.Soneto XVII

tic tac

por amor deixou de amar.
e seguiu engolindo a dor de amar para não cantá-la ao mundo.

domingo, 8 de janeiro de 2012

fim de noite

mil começos. nenhum depois.
esperando um contato transcedental. nada acontece. o momento do ócio é agora.
e com a dor da indiferença, me recolherei à minha insignificância.
beijonãomeliga.