viva.retrospectiva

here we go. a estafa mental acelera o ritmo e a 'rotina' pede uma trégua. que ano maravilhoso. incontáveis momentos delícia. incomparáveis oportunidades. oriente. muito ouro nos emirados. amazing hong kong. câmera profissa. china pra valer. provações gastronômicas. saco cheio. reconhecimentos. amigos indo pra longe. saudade. mais do mesmo. emprego novo. cheiro de carro novo. muitas horas sem dormir. trabalho duro. praticando a auto-suficiência. ufa. o que resta? férias! pra esquecer do mundo e curtir. viver dá trabalho, mas vale cada minuto.

mais do que nunca, abano a bandeira branca e declaro: chega, chega natal!

adormecendo

começa o calor em santa catarina. chegou a vez do ar-condicionado. e do coração gelando no verão. mais um verão desejando o vento cortante dos dias juninos.

pra não desmerecer a estação, aproveitando os dias longos e de finais felizes.

faltam 2. e depois 20.

um dia de fúria.

tem dias que dá vontade de voltar no tempo.
hoje, eu voltaria pra socar aquelas que queimaram sutians e deixaram o legado para as pobres inocentes que viriam depois.

Mais l'amour, pas vraiment.

L'amour ça ne va pas,
C'est pas du Yves Saint Laurent,
Ca ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour j'laisse tomber!

essa auto-suficiência não é fácil de praticar. encontrar a perfeição como as ombreiras de um Balmain é tarefa árdua. me imagino um Alaïa. exponho o majestoso eu ao valor milionário que valho. raridade, peça única. não veste qualquer corpo. sou a surpresa da caixinha azul turquesa. alguém, pelo amor, ABRA!

como é que alguém pode não desejar incontrolavelmente abrir a fita branca que envolve uma jóia?

Mais l'amour, hum hum, pas vraiment!

colombiando.

hoje o assunto é a delícia da descoberta.
sabe quando a gente espera o óbvio e um mundo de possibilidades estoura de repente na nossa frente? foi o que eu senti quando conheci esse lugar.

2008. estava trabalhando na colômbia (e todos os créditos para a campanha nacional de 'colombia es pasión' - um país apaixonante, diga-se de passagem.) e após uma maratona exaustiva, mais um compromisso era o tal do jantar comercial.
eis que fomos para chía, uma cidadezinha que fica na região metropolitana de bogotá dc. quando chegamos, uma vaca gigantesca na frente da porta do lugar, que parecia um ferro-velho com luzes de natal.
de repente, passei a entrada (uma catraca de ônibus antigo) e me senti atravessando o armário para nárnia. o que eu vi me deslumbrou e vivi algumas horas de algo inesquecível, inigualável e quase indescritível. mesmo se fosse detalhar a experiência pra tentar criar o ambiente mental nos meus pouquíssimos leitores, não conseguiria exteriorizar a riqueza de detalhes reunidas naquele espaço. infelizmente só estando lá pra saber de fato como é mágico.

o lugar parece ter todas as coisas do mundo penduradas no teto, nas paredes, nas mesas, em todos, absolutamente todos os cantos. uma coleção de quinquilharias que foram tornando-se um museu de esquisitices e um dos lugares mais exóticos e apaixonantes que existem. não há nada parecido, podem apostar.

rumba. tocando alto em todos os mínimos espaços do lugar. comida típica. patacones,que saudade! frutas exóticas. personagens. homenagem ao brasil, só porque estávamos lá. ganhei a faixa de convidada de honra, rumbei até dizer chega e saí de lá desejando um dia voltar.

e voltei!
a prova, euzinha na foto. em um dia de almoço, não tão mágico comparado com a noite que oferece, mas os detalhes são muito mais expressivos.


quem um dia tiver a oportunidade de conhecer a colômbia e suas maravilhas, não deixe de visitar esse lugar que faz parte da cultura local.
hoje até existe uma filial do que se imaginaria impossível reproduzir. andrés dc eu não conheci. boto a mão no fogo pelo original. es chévere!

a new beginning

neste momento, neste exato momento, um pacto é selado.
um pacto para a eternidade. com a felicidade.
ela me pertence e eu a devoto. ela caminha na frente e eu a persigo.
e pra onde ela vai, nem que amarrada, estarei lá. não há chance de seguir caminho oposto, porque me entrego de corpo e alma à ela. estarei eu à sua sombra a todo instante, à toda circunstância.

e ela, eterna companheira que terá, me proporcionará conforto quando quiser me separar.
motivos para com ela continuar, possibilidades infinitas para saborear.
e assim, nunca mais nos deixaremos. a cada respiração, um batimento do coração me provará que ela está em mim habitando.

...


não tem mais jeito, ser feliz é estar em mim.

um conto de gente estranha.

era uma vez a zilda. a zilda nunca se dá por satisfeita.
ela gosta de menosprezar. ela se esconde atrás da meia-calça branca que veste todos os dias. ela acredita que não existe ninguém pra ela. e que só o corpo salva.

um dia zilda conheceu um mágico. que disse algumas verdades, algumas ideias e uma semente. o mágico leu o que tinha lá dentro e a zilda ficou encabulada. não pára de pensar naquilo, mesmo que lá dentro saiba que é ficção. zilda acha que olham pra ela. e acham feio. zilda tem vergonha, não quer desagradar, quer conversar e ainda espera o amor chegar.

enquanto isso a vida passa. um dia bom, outro dia melhor. um dia carente, como hoje, um dia novo e contagiante, será amanhã.

ni.hao

ni hao
wo shi sha li.

na minha primeira aula de mandarim, aprendi a ser gente. só não aprendi a fazer o som dos cinco tons vocálicos que soam todos iguais. muito melhor que os chinesinhos aprendam mesmo inglês pra facilitar o cotidiano...

mas quem persiste alcança. e agora a meta é dominar mil ideogramas em um ano, pra facilitar a comunicação com aquele povo que pensa ao contrário. enquanto isso, keep on rocking there in english. começa a maratona de dividir o ano entre oriente e ocidente. psicológico já pensa no teppanyaki e quase quer desistir.

um alô especial pra quem tá no jetleg do horário de verão e só tem sono às 3h da matina. vou pra cama, porque oktoberfest me possuiu no fim-de-semana e o tronco me sequestrou hoje cedo.
e amanhã tem mais do mesmo.

zaijian.

cobiçando

e desejando
desdenhando
esperando
insistindo
duvidando
planejando
perdendo sono
esfomeando
desistindo
sem entender como é assim que funciona.

clap clap clap clap clap

um salve para a primeira vez!
a primeira palavra, a primeira nota, a primeira paixão, o primeiro voo, o primeiro salário, a primeira promoção.
um salve pra tudo o que é novo, e bom.

um salve pro rock n'roll e pros solos eternos. um salve para o brownie com sorvete dos dias difíceis. e dos dias de comemoração!

palmas para o primeiro dia de muitos novos dias. palmas para os nossos que nunca nos esquecem. pra vida, para a torre Eiffel (que em breve será plano de fundo do meu álbum de fotos) pro danoninho potão e para as echarpes Hermès.
palmas pra tudo o que é lindo e do coração.

Um salve maior ainda pra letra dessa música, tema dos meus novos dias.

Aquilo que dá no coração e nos joga nessa sinuca
Que faz perder o ar e a razão
E arrepia o pêlo da nuca
Aquilo reage em cadeia, incendeia o corpo inteiro
Faísca, risca, trisca, arrodeia e dispara o rito certeiro...

Avassalador, chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador, vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença,
Avança sem ponderar.

Marisolando

Damn!
Acabou a luz aqui na Marisol. Em clima de curtir o aviso prévio, vale uma postagem rapidinha.
Contando os dias para a mudança e o novo emprego. Uma delícia ouvir das pessoas o quanto faremos falta e o quanto nosso trabalho foi importante aqui. Reconhecimento às vezes vem um pouco tarde, mas os novos desafios compensam a falta de tapinha nas costas do cotidiano. Ainda não me caiu a ficha.
Deixando amigos e reencontrando antigos.
Meu iPod berra Piaf. A música dela tem cheiro de ler antes de dormir, com meia-luz e uma caneca de chá na cama.

Voltou! Vivendo intensamente meus últimos dias de buyer merchant da Lilica Ripilica. Vou sentir falta.
Planilhas me aguardam. Faltam 3.


Alea jacta est.

blumenando.

a shopping day can remake a jaded person. that's the best way of getting ease after so hard events.
doing shopping upgrades anything we need. today was so exhaustive! not so easy carry lots of bags all day long.
now i decided try to improve my english writing on. good luck you all. if i couldn't be clear in my own language, guess what am i going to tell you now?

right: decisions are made. now i need STRENGTH to go on with my new plans. that's why i am waiting so wishful for the beginning of the week. in the meantime, i have a very boring party to attend tonight. good friends among boring people. yes, i can do it. i hope so.

Since Nena is the only one who keeps following my updates, i would like to say her that i am so proud of her living there in London and loving all news from her Zara's amazing new stuffs! Dream of being there spending lots of money and being so millionaire. Love you, sweetheart! hope you meet terrific people there. and you know, we will get together again soon. for sure.

time to start making my hair for the yucky party. sometimes we have to do things just for friendshipd. i will need patiance. lots of patiance. trying to be someone better.

ok, i am going to debut my new dress! imlovingit. it is time to celebrate.




got a wish, take a chance, make a change.

insônia [parte 3]

são 2 e meia da manhã e ainda tenho guaraná no corpo. daqui a poucas horas meu dia começa insano e longo. tenho decisões importantes pra tomar ao longo do dia e nenhuma lucidez depois de uma noite em claro.
começam os preparativos e expectativas. para os próximos dias que prometem ser avassaladores.
tudo ao mesmo tempo, agora. adoro idades ímpares.

hoje me flagrei sabotando a minha consciência quando senti ciume de algo que não me pertence. e enquanto almoçava na lojinha de produtos naturebas (que eu adoro - a lojinha e a vontade de ser natureba)
[quem sabe na próxima vida]
fiquei refletindo quanto a gente perde tempo com bobagem. quem um dia inventou que a vida precisa ter foco esqueceu de quebrar a forma dos devaneios.

meus olhos começaram a piscar. melhor entrar no embalo e garantir um soninho. amanhã é dia de aula e sexta é dia de blumenar após enchente. oktober de reconstrução mais uma vez.

interrompi meus pensamentos. parte 4 continua daqui a pouco. sem entender nada.


invoquei em encerrar à la meu seriado preferido do momento: xoxo, gossip girl.

em contagem,

...e que dia é hoje? dia 4.
isso significa que faltam 18!

mais 18 dias de inferno astral (dias psicologicamente dantescos os últimos, diga-se de passagem) e no fim do túnel um passinho mais perto dos 30. fazer aniversário sempre foi uma das coisas que eu mais apreciei, mais desejei e mais comemorei desde que me lembro por gente. sempre esperei e declarei a ansiedade imensa que me consome todo mês de setembro. mesmo ficando cada vez mais difícil ficar mais velha, fazer aniversário é um dia sublime na minha existência.

no nosso dia tudo acontece mais devagar, vários emails chegam ao longo do dia, várias interrupções pra atender ao telefone e vários sorrisos preenchem o espírito e o corpinho que fica mais velho. com novas ou eternas companhias, a noite do aniversário é sempre inesquecível. gosto de fazer lista de presentes, mesmo que seja somente minha mãe quem veja a lista. e me contento em me auto-presentear.

pra não deixar a tradição pra trás, fiz esse ano uma listinha singela. sorte que eu consegui 'encomendar' da china uma parte disso. e espero que cheguem a tempo!
se alguém de alma muito nobre sentir-se tocado pela pureza do meu desejo de comemoração, não hesitem em mandar com cartão!

*livro 1984, de George Orwell. ano passado li A revolução dos bichos e vi esse livro na livraria esses dias enquanto buscava um presente pra uma colega. Dentre as milhares de opções interessantíssimas vistas lá, esse tocou meu coração. Vai ser a próxima leitura.

*dvd acústico mtv engenheiros do hawaii. sei que é velhinho, mas eu só viciei agora nisso. já virei jaraguá atrás desse dvd e não encontrei. nem no sebo. se alguém tiver em casa dando sopa, nem precisa gastar dinheiro comigo. aceito usado, só não aceito cópia pirata.

*kit lentes de contato coloridas. pra dar uma desbaratinada no visual da mesmice. quero ter olhos verdes por um tempo.

*le petit prince na versão original. vou morrer de ter o livro em francês, mesmo sem entender uma única palavra. vou ler uma página por dia antes de dormir, só pra me sentir mais feliz.

além disso, tem as bobaginhas que eu desejo só por desejar, mas que não são assim tão essesnciais... caixinha azul da tiffany (recheada, obviamente), um hermès pink, um loubi preto de verniz, um mimo balmain com uma ombreira do tamanho do mundo, um caixa de madeira com 654 ou a cartela pantone toda de cores de giz pastel, uma 2.55 preta... enfim, supérfluos.

amanhã é dia de madrugar pra pegar a ponte aérea. respirar ares paulistanos e um jantarzinho bacana são estimulantes pra uma semana de feriado.

xoxo

o insustentável legado do ser.

Hoje eu queria falar de uma coisa diferente: qualquer coisa útil que não seja uma reclamação ou um desabafo de decepção. Mas esse blog não é de moda, fotografia, culinária, turismo ou outra coisa. Esse blog é uma coletânea de sentimentos. É puro comportamento. Escrito do meu jeito, não muito acessível, mesmo pra quem tenta acompanhar.

Na verdade, acho que só a Nena lá de vez em quando dá uma olhadinha nos posts. E ela sempre diz que são bons. Por isso eu nunca mudo a abordagem, rs. Não mudo porque não consigo, entendem? É mais forte que eu, falar dos anseios e frustrações, de forma desconexa e subjetiva. às vezes nem eu lembro o que (ou quem) era a minha inspiração na hora do frenesi verbal.

Hoje é sábado, tem um solzinho fajuto lá fora e eu não tenho a mínima vontade de sair. Porque 2 quilos de pura porcaria me perseguem desde ontem à noite. Pesei e me arrependi. Depois tive que comer um chocolate pra recuperar a sobriedade. Triste foi ver a garrafa de coca-cola ao lado da cama quando acordei. 'Loser', pensei. 'Podia ter começado ontem, hein?'

Então o propósito de agora é ocupar a mente com planos maiores: hoje é sábado, qual vai ser o jantar? *meodeiodofundodaalma*

Voltando ao propósito: queria ter um blog diferente também. além de calorias e decepções. Pra encontrar o bom das pessoas ao invés de lamentar os que não são dignos. escrever em primeira pessoa? Não sei se eu gosto. Em terceira pessoa tudo é possível. Já é um começo. Eu gosto de escrever frases sem letra maiúscula. Estou me esforçando pra não esquecer o shift depois de cada ponto.

Bom, é hora de levantar. Sem destino definido, sem mais protestos... e com fome.

não tem começo e não tem fim.

Contagem regressiva

A linha entre a humildade e a infâmia é tênue e redescobri que ninguém é melhor que ninguém.
 
Não se deve deixar amor-próprio no conceito dos outros. Caráter perdeu-se por aí. Na vida ociosa ou nos bailes funk.
 
Detesto malandragem. Detestável é furar fila, ultrapassar sinal vermelho, dirigir embriagado e não devolver troco errado. Lastimável é contar vantagem e contar mentiras.
 
‘Perdi a conta das pérolas e porcos que deixei pela estrada’.




É hoje. Primeiro dia de inferno astral. Um mês.

suando sangue

até a última gota.
suando ideias,
suando decepções,
esperança, insônia.

aprender com erros não é a melhor maneira de crescer, mas funciona.

to be continued.

retomando as atividades

Na volta pra casa, ontem, tive uma ideia brilhante para a próxima postagem. E esqueci.

Acho que estava pensando em escrever sobre esforço e superação. tudo porque estava odiando estar parada na rodovia e salivando de vontade de comer um doce. Quatro semanas de dieta, uma semana sem colocar nada doce na boca, e a vida passa em segundos pela janela. Para celebrar a dor e delícia de estar ali, no privilégio de me perder em pensamentos, comi uma caixinha de flocos de arroz com chocolate branco. It tasted like heaven!

Agora mesmo relacionei o 'crime' do chocolate (consciente da bronca que eu vou levar na clínica essa semana) com uma frase do filme de hoje: 'quando somos fracos damos valor para o que é a força'. Nesse caso, o valor do prazer de comer quando não se pode.

A frase eu roubei do Capitão América. O maior junk movie dos últimos tempos. Patriotismo satirizado potencializado e romantizado e outros 'ados' a ponto de dar ânsia. Auto-deboche, foi o que me pareceu! E me pareceu ótimo.

Um salve para um fim de semana curto, de chuva e de descoberta de novas ovelhas pro rebanho. O pulso ainda pulsa.

me tens de regresso,

insônia.
troca de fuso, ansiedade que consome.
no mundo dos aspiradores de comida muito se aprende sobre sobrevivência. e sobre a lei da seleção natural. as pessoas realmente são engraçadas. muda o costume mas não muda a essência. foi bom para aprender sobre os meus. e sobre como tudo pode ser mais fácil do que a gente imagina. tudo é uma questão de limite: do cartão de crédito, da paciência e da vaidade. aprendi mais sobre vaidade do que sobre qualquer outra coisa.
e de lambuja conheci um pouquinho o oriente. nada mau.
agora é a cultura local que me tira o sono. o imediatismo corporativo. a minha indecisão.
não quero me importar com o que penso agora. minha vontade está presa por preconceito. por vaidade. por 'vaziez'.
os bons estão indo embora! busca-se outros bons para completar a roda.
bom dia.

Segunda edição

Do diário de bordo, falando diretamente de guarulhos. Após pizza hut (e o abandono total da dieta) e algumas horas de viagem, o melhor está por vir: 13h até Catar. E depois.... Simmmm! Hong kong.
O sono bate, forte. E ainda nem começou a jornada. Beijos pro Brasil

primeira edição

do diário de bordo, falando diretamente do mundo da lua, onde tudo pode acontecer.

partindo de jaraguá. meus ombros não suportam a tensão do partir. tudo quase pronto, falta uma hora. meio pote de sorvete molico e muita indecisão sobre o que levar.

a primeira vez a gente nunca esquece. a primeira vez pedindo informação, a primeira negociação também serão inesquecíveis, aposto.

pra algumas opiniões, é sorte.
mas quem sabe de onde vem, sabe o quanto é difícil. quem acredita sempre alcança!
ah, o futuro começa agora.

quase hora de sair. a mala ainda não está fechada.

maktub

o melhor da festa,

é esperar por ela!

dizendo obrigada.

os melhores do mundo sempre estão do nosso lado. sempre. só que eu esqueço disso, às vezes.
então a piada do urubu ganha a minha gratidão.
e o menu vegetariano do encontro de amanhã (e o vinho da seleção especial, afinal, as meninas merecem) nunca foi tão bom de planejar.

existe um planeta, planeta cabeça, que leva a gente pro buraco. e de repente pra onde merecemos estar. com aqueles mais do que mais do que mais do que especiais. os que ligam pra contar uma piada (tosca) e os que declaram sua admiração pelas minhas palavras maçantes.

eu até esqueci que odiava a beleza.

que sentimento mais nobre existe além da gratidão? obrigada aos ímpares de hoje. obrigada por serem mais eu. obrigada por não me deixarem esquecer quem merece o meu melhor. adoro vocês.

hoje eu armei uma batalha contra a futilidade. de tanto ouvir besteira, meu cérebro acelereou.
me mandou sair na frente de todo mundo. e deixar pra trás o que não me pertence e me denigre.
o que importa é a consciência, não a reputação. boa noite de recomeço!

deep inside

precisa-se desesperadamente de uma companhia. sinto solidão no meio de todo mundo.
o sertão é aqui, e agora.

maldito alcohol.

maldita mania de bondade.

ouço repetidamente a mesma música tentando não achar coincidências.
'i'll be a bag of bones driving down the road alone. i feel as empty as a drum.'

manter o controle da existência requer que contemos mentirinhas pra nossa consciência. é no outro que a gente enxerga a lucidez. e a traição é um assalto: te levam a confiança, a estima, a crença e a admiração. o egoísmo que afunde no itapocu. não vai me levar com ele.

falar demais expõe nosso moral aos leões. maldita boa vontade. maldita inocência.

o sertão é sem lugar.

"E o que era que eu queria? Ah, acho que não queria mesmo nada, de tanto que eu queria era – ficar sendo!"

[grande sertão: veredas. pág. 318]

hoje

hoje

se eu fosse uma cor, seria 19-4007 tpx. anthracite.

se fosse uma pedra, turquesa. um momento, fila 17 do teatro unicenp assistindo norah jones.

se fosse um calçado, sapatilha. se fosse uma caneta, ponta fina.

se talvez eu fosse um piso, granito. se talvez uma bugiganga, uma lata.

se fosse algo simples essencial, uma tarracha de brinco. um supérfluo, caixa de lápis de cor. 48 cores.

caso eu fosse uma extravagância, esmalte Chanel 505. particuliere.

se eu fosse literatura, seria Poética, do meu preferido. manuel bandeira.

se eu fosse um papel, de carta.

fosse um veneno, cianureto. e se nesse caso, fosse um sentimento, seria prazer. de percorrer o corpo de um ariano desprezível.

se pudesse ser uma virtude, seria a tolerância. se fosse textura, seria veludo.

se pudesse escolher, as quatro pessoas mais importantes do universo.

se pudesse voltar, pra casa.

se quisesse mudar, lente de contato.

se tiver que fazer, recomeçar.

se for acabar, que seja dormindo.

menos é mais

gosto de acordar precisando vencer o dia.
gosto de batalhar desejando recompensa interior.
gosto de achar que não vou conseguir. gosto de não conseguir de vez em quando pra poder planejar de novo.
gosto de não ter o luxo de desisitir. gosto de chegar em casa e sentir uma profunda sensação de felicidade. gosto de ser dona de mim. gosto de precisar de mamãe de vez em sempre. gosto de tê-la inteira pra mim mesmo há quilômetros de distância. gosto de estar em casa.
gosto de perder o sono imaginando. gosto de perder o sono tentando achar uma solução. uma nova ideia, uma salvação. gosto de contar os centavos no fim do mês. gosto de conquistar amigos. gosto de receber flores no aniversário. gosto da mesa cheia cantando parabéns.
gosto das melhores pessoas do mundo. gosto do aprendizado com os erros. gosto de esquecer uma decepção. gosto de sentir tudo isso e me sentir completa.

..

na terra do nunca os erros alheios são divertidos.
na terra do sempre as pessoas são previsíveis.
e o consolo não vem. vem pra quem tá de carona. e isso é muito bom.

cheers everyone.

fumaçando na minha cabeça

qual é a sensação de comprar uma bolsa de grife, só que falsificada?

de prazer em ostentar.
desfilar uma coisa que não é genuína. que não tem personalidade, que não tem nos detalhes o cuidado do acabamento perfeito, a melhor matéria-prima e o peso da identidade que carrega sob as alças.

aquela paixão proibida, recolhida e adormecida desperta essa semana. de manhã, com cara de quem acabou de acordar, sai de casa sem precisar arrumar-se pra ninguém, e vem na minha direção, por coincidência. desejo sabor de cigarro, que é bom mas faz mal, é socialmente reprovado, não serve pra mim. essa paixão é mistura de admiração, medo de ser idiota e um desejo absurdo da pessoa. de tudo que ela oferece: palavras densas, às vezes ríspidas, mas sempre delirantes e atraentes. se um dia eu pudesse atacar...

o que me resta são os 3 cigarros do maço. e uma noite de sono que começa no meio da madrugada, quando não houver mais nada na tv. feliz 2011! mais atitude pra todo mundo.